segunda-feira, 9 de julho de 2012

A DELÍCIA AMBIENTAL



Caríssimos amigos, leitores desta São João que é abençoada pela natureza.

Vivemos em uma região de belezas naturais farta, alinhamento do que tantos cantam pelo Brasil e sua rica fauna e flora, além do belíssimo litoral rodeado por uma mata atlântica de dar inveja...
Farto também é o desmazelo com os recursos naturais oferecidos.

O mundo se volta para a preservação de espécies tanto vegetal quanto animal.
Os recursos hídricos são cada vez mais parcos e sabemos que tanto mata quanto rios andam de mãos dadas.
Se de um rio tirarmos sua mata ciliar, em pouquíssimo tempo ele secará.
O alimento das espécies estará minguado e haverá migração e consequente desequilíbrio ambiental ocorrerá, com a disputa por territórios, evasão de animais silvestres e proliferação de praga, pela quebra na cadeia alimentar.

Temos os macro e micro-sistemas.
Os macros sistemas são, via de regra, inóspitos e mais difíceis de serem "atacados" pelo homem, pela dificuldade.
Os micro-sistemas são importantes, pois convivem com a urbanidade, nos oferecendo qualidade de vida, um clima equilibrado em um país tropical, a permeabilidade do solo e a prevenção de malefícios como enchentes, etc..

É preciso que alertemos para um fato extremamente grave ocorrido em nossa cidade.
Em nome da solução de um problema crônico, movido à ocupação desenfreada do centro da cidade de São  João da Boa Vista, aliado à inépcia das diretorias antigas em coibir essa prática, tivemos 2 córregos em nossa cidade assoreado e "estreitado", onde as medidas de preservação da mata ciliar não foi respeitada.... com as vistas grossas e conivência das diretorias de obra da cidade.

Eis a solução milagrosa!
Desmatar a origem do córrego, uma área de cerca de 5km de extensão, com um veio mínimo e várias nascentes pequenas, que mantinha em seu biossistema espécies nativas, animais e vegetais, para a construção de uma "canaleta" concretada.

Esta área contribuía para o micro-clima da cidade, além de abrigar tatus, siriemas, serpentes variadas, pacas, preás e uma comunidade gigantesca de quatis, que vem sendo acossada pela ocupação desenfreada.

A sociedade não foi ouvida, tampouco foi apresentado quaisquer projetos referentes a esse crime ambiental.
As leis são sobrepujadas por interesses difusos.

A publicidade sobre a obra não foi dada, em total desrespeito ao cidadão, como se nós, moradores deste sistema, fôssemos invisíveis.

A este estado de coisas chamamos de fascismo.
Onde o Estado tudo pode.
Ao cidadão nada, apenas o ônus de pagar a conta.
Os animais, são jogados à própria sorte.

Um governo que não educa seu cidadão, incentiva uma cultura do "ter" em detrimento ao "ser", aliado a um sistema eleitoral falho, onde o poderio econômico de grupos controladores e sem interesse nos avanços nos quadros sociais impera, nos trará gravíssimas consequências.

Acionado o Estado, para pedir explicações sobre o local, sobre a obra, para termos acesso à documentação, informados fomos que o MP estaria atento, que em visita ao local e em conversa informal com os realizadores da referida obra, que as árvores seriam preservadas... que haviam dado a garantia ao curador que essa seria a premissa:
A obra não iria desmatar.

Pois muito bem.
Segue as fotos do local e a pergunta:

UMIOKITATENU é ficar quieto?
Me preocupa esse silêncio dos bons.

Ou então, estamos realmente diante de um portal para a quarta dimensão.
Eu vejo uma coisa, os realizadores, guardiões, vêem outra.

Peço que respondam se a imagem que eu vejo é real ou se no PC de vocês aparece na obra uma vasta área preservada...
Com a palavra, vocês, os bons!


Vídeo do casal de Siriemas, desesperado, correndo para reencontrar sua casa, que foi devastado pela obra acima.
http://www.youtube.com/watch?v=IJTxugYlwtU

Link para o máximo de documentação e publicidade que a obra teve:

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=208863






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